sábado, 24 de abril de 2010

LEITURAS DE MICHEL DE CERTEAU - V

No estudo dos prefácios das obras “A Invenção do Cotidiano – Artes de Fazer” e “A Invenção do Cotidiano – Morar e Cozinhar” podemos identificar o caminho de pesquisa proposto por Michel de Certeau.
Afastando-se do exercício de pesquisa que privilegia os “produtos culturais oferecidos pelo mercado de bens” ( Certeau,2009,p.13) e da concepção de cultura erudita e cultura popular, o autor interessa-se muito mais “...pelas operações dos seus usuários [e pelas] maneiras diferentes de marcar socialmente o desvio operado num dado por uma prática” (Idem,p.13). Trata-se de focar o estudo naquilo que Luce Giard chama de “proliferação disseminada de criações anônimas e perecíveis que irrompem com vivacidade e não se capitalizam” (idem, p.13)
E se, ainda os meios teóricos de se trabalhar com o universo de práticas em foco não estiverem suficientemente definidos, será preciso prestar atenção “às operações culturais que são movimentos e cujas trajetórias não são indeterminadas, mas insuspeitáveis, constituindo aquilo cuja formalidade e modalidades se deve estudar para dar à essas práticas o estatuto de inteligibilidade”. ( SILVIA)

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